sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Contar histórias para crianças ajuda no desenvolvimento da linguagem


Se na hora de dormir, pais contarem uma história para os filhos, ao menos 2 vezes por semana, criança vai conhecer mais de 500 contos até os 5 anos.

Contar histórias ajuda muito no desenvolvimento da linguagem. Você sabe qual a melhor forma de despertar o interesse das crianças? A atriz Flávia Alessandra convidou papais, mamães e um vovô para uma divertida expedição ao reino do faz de conta.

Toda criança adora ouvir história. E pode ser a mesma, muitas e muitas vezes. Como é que se transforma a hora da leitura em um momento de aprendizado?

A partir dos 3, 4 anos, as crianças têm um vocabulário maior e constroem as primeiras frases. A leitura para os pequenos, tanto em casa quanto na escola, contribui muito nessa fase de desenvolvimento. Mas também não se pode descuidar das conversas do dia a dia.

A Felipa e a Sofia estão bem nessa idade. Elas são netinhas do ator Reginaldo Faria. O também ator Marcelo Faria é pai delas.

“Eles estão numa fase em que eles falam muito. Às vezes, a gente está na correria do dia a dia e não percebe que a gente tem que parar também e escutar o que a criança tem para dizer”, diz Marcelo.

“A gente ainda tem muita coisa a aprender com eles. Embora nós estejamos na posição de ensinar”, avalia Reginaldo.

Em algumas casas, os adultos costumam só se expressar com ordens. É claro que algumas são necessárias: ‘Não mexa na tomada!’ ‘Não mexa no fogão!’. Mas as crianças se desenvolvem e aprendem mais quando são convidadas a planejar ações, lembrar de fatos e responder perguntas.

“Os estudos mostram que não é só falar muito com a criança o que importa, mas é o tipo de conversa que propomos. As palavras que não se escutam não se aprendem”, explica Beatriz Cardoso, diretora executiva do Laboratório de Educação.

A Lira, que tem 3,5 anos, sempre foi estimulada pela família. A avó da Lira gravou um vídeo quando ela tinha só 2 anos, em que ela é estimulada a dar respostas mais elaboradas. (Assista ao trecho no vídeo acima). Hoje dá para ver como ela evoluiu por causa de interações como essas.

Outra atitude dos pais ajudou muito no aprendizado da Lira: “Todo dia à noite, antes de dormir, a gente lê umas três histórias ou uma história grandona”, conta a mãe Lia Martins Torres Bernardes.

Os livros apresentam construções de frases que não são muito usadas no dia a dia. Por isso, escolha obras de autores conhecidos, que tenham um vocabulário rico. E, olha: se na hora de dormir, os pais contarem uma história para os filhos, pelo menos duas vezes por semana, a criança vai conhecer mais de 500 contos até os 5 anos.

“Os adultos não devem transformar a leitura em uma atividade mecânica, de ler só por ler. O que realmente importa é criar oportunidades para que as crianças possam pensar, analisar e conversar sobre a história”, ensina Beatriz Cardoso, diretora executiva do Laboratório de Educação.

O importante é que os adultos ajustem a forma de leitura de acordo com as capacidades da criança em cada idade. “A interação com a criança vai mudando: quanto mais ela participa, melhor. Mas isso acontece aos poucos”, explica Ana Teberosky, professora titular da Universidade de Barcelona.

Aos 3 anos, ela presta atenção na leitura, sabe a diferença entre texto e ilustração e imita a pessoa que está lendo a história, como se a própria criança estivesse lendo. Aos 4 anos, memoriza a história, faz perguntas sobre ela e relaciona elementos dos contos com a vida real. Aos 5 anos, a criança já identifica os títulos e os autores do livro e antecipa o que vai acontecer no conto.

Ou seja, a mesma história pode ganhar várias interpretações. Dica: tente ler bem alto, fazendo gestos e vozes diferente para cada personagem.

É fundamental escutar a criança com interesse e dar o tempo necessário para que ela interaja.

“Os contos tradicionais também exploram conteúdos e sentimentos que interessam muito às crianças. Como o medo, o abandono, o crescimento, o mal e assim por diante. Elas têm muito interesse em conversar sobre esses temas”, destaca Beatriz Cardoso, diretora executiva do Laboratório de Educação.

Esta história acabou. Mas você pode recomeçar a sua, hoje à noite mesmo. E se você ler um conto para o seu filho, antes de dormir? E se amanhã você prestar mais atenção na forma como fala com ele? Vamos construir um final feliz para todas as crianças!

Fonte: Fantástico / Portal G1.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Crianças amadas sabem o que é limite, afirma o educador Walter Tabacniks, da Eduque pelo Afeto


Limites podem ser ensinados de forma amorosa e duradoura, explica o pesquisador

Construir relações saudáveis é algo que todos desejamos e o primeiro passo está em formar isso desde os primeiros anos de vida; um passo importante é mostrar às crianças a partir dos primeiros deslocamentos a importância dos limites de cada um, das situações até para ousar crescer além deles. Quem afirma isso é o educador Walter Tabacniks, criador da consultoria paulistana Eduque pelo Afeto, focada em relacionamentos tanto na esfera familiar, pessoal quanto corporativa.

“O limite auxilia o indivíduo a entender seu mundo, traz segurança e mesmo que se queira ir além dele vale como balizador de entendimento”, diz o pesquisador. Um exemplo é mostrar o limite para uma criança na primeira infância (de zero a seis anos) na forma afetuosa da percepção dela em relação aos familiares: ela entende a importância de si mesma na família, e de cada membro como elemento que a faz feliz, a protege e portanto tem uma esfera de participação conforme a circunstância. “A criança sabe que pode contar com o pai, mãe, irmãos, avós e isso traz a ela segurança, pois é como se isso definisse seu campo de atuação amorosa”, exemplifica o consultor.

Às vezes, o estabelecimento dos limites de uma forma agradável e amorosa é uma questão que confunde as pessoas. Walter explica que é totalmente viável ser firme e amoroso, pois ambos pontos não se excluem. “A criança que é conduzida para dormir num determinado horário de forma natural, sem coerção, começa a criar para si um ritmo, um parâmetro que é seu limite intuitivo. Ela sente o cansaço do dia e naquele horário determinado entende que vai descansar com a participação de um ou ambos pais numa espécie de “ritual do sono” (carinho, contar histórias etc) e acaba por assimilar tudo isso numa autodisciplina que se solidifica na segunda infância (de sete a dez anos). Eis que ela poderá propor seu momento de dormir, sabe que será acalentada por isso, tem a segurança de seu ambiente e seu hábito instalado. No entanto, para que isso aconteça, é preciso plantar esta atitude desde cedo, com os pais acompanhando este processo e assim definindo este limite sem forçar. Uma criança que tem dificuldade para dormir precisa ter um dia ativo e vir para a cama com o carinho e firmeza dos pais para que descanse e entenda que logo virá outro dia tão bom e gostoso como o que termina com seu soninho”, diz Tabacniks, que sempre sugere um “ritual do sono” pessoal. Há diversos métodos, que vão desde contar histórias até desenhar em lousas, contar estrelas no céu – vai depender do interesse da criança. Tabacniks ressalta que este momento é o mais importante e precisa haver grande sintonia de interesses.

Limites estabelecidos na infância ajudam a formar uma autodisciplina na adolescência – mesmo com a rebeldia natural da época. O pesquisador, graduado pela USP e dedicado ao tema há mais de uma década, percebe que o próprio jovem tem as ferramentas para saber se está indo longe demais ou não. “Um adolescente que resolve experimentar uma atividade física e se empolga numa academia querendo transformar seu corpo rapidamente pode se descontrolar se não tiver uma percepção de si e de seus limites físicos; o contrário disso é quando o jovem entende suas necessidades físicas, sua vontade e transporta seu senso de imediatismo num parâmetro de adequação para si. Daí que, por mais que ele ou ela queira uma transformação inviável (o sonho), vai entender o senso de tempo e espaço, medir os passos para atingir objetivos, gerando menor ansiedade do que quem não conhece limites e acha que tudo pode desrespeitando a si mesmo”, exemplifica o pesquisador.

Os estudos da Eduque pelo Afeto têm mostrado que esta abordagem de limites desde cedo traz resultados duradouros que auxiliam inclusive nas relações de inteligência emocional da vida adulta, tanto no contexto pessoal quanto corporativo. A pesquisadora Suyen Miranda, também graduada pela USP e integrante da Eduque pelo Afeto nos temas corporativos e coaching, apresenta a questão do limite como fundamental para relações saudáveis e permanentes na vida adulta. “Maior tolerância consigo mesmo e com os outros, entendimento de necessidades e empatia, colocando-se no lugar da outra pessoa e autoestima consciente são elementos que partem justamente da percepção dos limites nos primeiros anos de vida. Quanto melhor for esta semeadura na infância, mais fortes os frutos na adolescência e na maturidade”, finaliza a pesquisadora.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Ideia de escrivaninha para criança pequena

Gente!!!

Olha que ideia genial! Adorei!!!! E não é matéria paga, não!!!!

Eu estava mesmo procurando uma solução que não ocupasse muito espaço... Adorei!

Encontrei no site www.apronta.com.br




Mochila não deve ultrapassar 15% do peso da criança

Excesso de carga pode causar problemas posturais, inflamação dos músculos das costas e deformidade da coluna
É hora de se preparar para voltar às aulas. Estojo, cadernos, livros, pastas, produtos de higiene pessoal, carteira, celular... Tudo dentro da mochila. Ao longo do ano letivo, a criança carrega esses materiais por cerca de três horas, durante 200 dias. Por isso, se o peso da mochila não estiver adequado, ou seja, se não for o equivalente a até 15% do peso da criança, a sobrecarga pode causar, em longo prazo, um problema crônico, como a escoliose (deformidade da coluna).



De acordo com o ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Marco Aurélio Neves, as queixas mais comuns em crianças e adolescentes são de dores na lombar (parte de baixo da coluna), cervical (parte de cima) e nos ombros. "Na maioria dos casos, trata-se de um problema momentâneo gerado pela inflamação do músculo. Durante a crise, geralmente, são receitados analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia e Reeducação Postural Global (RPG). Com essas medidas, o desconforto deve melhorar em poucos dias", explica.

Ainda segundo o especialista, a criança moderna é a que mais sofre com o problema. "Isso acontece porque, além de carregar ainda mais equipamentos na mochila, a maioria das crianças passa boa parte do dia conectada ao videogame, computador e celular. Por terem uma vida sedentária, normalmente, estas ficam acima do peso e não têm uma boa postura", alerta.
Para prevenir que os problemas nas costas se iniciem na infância, é preciso fazer alterações na rotina da criança. "É indicado que os pais regulem o tempo de uso dos eletrônicos e estimulem a criança a praticar atividades físicas para melhorar condicionamento e fortalecer a musculatura das costas. No futuro, essas pequenas iniciativas vão fazer uma grande diferença na saúde da coluna", alerta o especialista.

Mochila de rodinha x mochila nas costas
Segundo o ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Marco Aurélio Neves, os dois modelos têm vantagens e desvantagens. "É preciso analisar qual a melhor mochila, de acordo com a rotina da criança. A mochila de rodinhas é adequada para casos em que a criança circula em locais planos, sem grandes obstáculos a serem superados, como escadas. Isso porque, por não ter alças, a criança tem que erguê-la em apenas um dos braços, o que prejudica a ergonomia do corpo. A mochila nas costas oferece mais mobilidade, mas exige ainda mais atenção ao peso e ajuste das alças para não prejudicar a saúde da coluna", analisa.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Respeitar o tempo de cada criança é essencial na hora do desfralde

O desfralde é uma importante fase na vida da criança e dos pais; por isso, é essencial que se respeite o tempo individual para que seja um período livre de traumas. É um dos primeiros passos rumo à autonomia, além de um momento de descobertas – tanto de suas capacidades, como do seu próprio corpo.



A identificação da hora certa para começar o desfralde ocorre a partir da observação dos sinais emitidos pelos mais novos. “Acontece quando o pequeno apresenta bom desenvolvimento neurológico, já anda, fala e tem o corpo mais firme. O sinal mais característico que os pais devem prestar atenção é quando começa a anunciar que irá fazer xixi e cocô”, informa a 2ª Secretária e membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Primeiros Cuidados da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Ana Cristina Zollner.

Erros mais comuns

Um dos mais frequente equívocos é antecipar o processo. “Preocupa-nos muito o fato de algumas escolas apenas aceitarem crianças que não usam mais fraldas. Desta forma, muitos pais adiantam esse momento, desrespeitando a natureza individual e, em certos casos, traumatizando. Isso pode acarretar no descontrole da evacuação, além da prisão de ventre e retenção urinária”, explica a pediatra.

Outra atitude que deve ser evitada é a agressividade e repreensão com os escapes. É normal que durante o desfralde a criança faça xixi na calça; nessas situações, os pais devem manter a calma e não criticar os filhos, alegando que é normal da transição e que os outros dias serão melhores. Assim, a autoconfiança deles não é afetada, colocando em risco todo o processo.

A comparação com os irmãos também deve acontecer, já que pode aumentar a insegurança e trazer o sentimento de frustração. Os conselhos de familiares e amigos também são questionáveis – os pais precisam observar o comportamento dos filhos, independente das dicas de idade certas, por exemplo.

Dicas da pediatra

Apesar de o redutor de assento ser mais prático, a melhor opção é o próprio penico. Isso porque deixa a criança mais à vontade, em um ambiente próprio, bem como segura, já que as pernas não estão soltas e não há o risco de queda. “Quando estão no vaso sanitário comum, naturalmente há o medo de cair dentro, uma vez que o tamanho é completamente desproporcional”, destaca Zollner.

Na época do desfralde o melhor é não usar roupas difíceis de a própria criança tirar, como macacões e cintos – isso facilitará na hora de ir ao banheiro e evitará ‘acidentes’. As fraldas noturnas são retiradas gradativamente, conforme o desenvolvimento individual.

A diversão deve ser explorada para tornar todo o processo mais rápido, fácil e prazeroso. Tudo pode ser usado: dar tchau para cocô, cantar musiquinhas e brincar com alguns bonecos enquanto faz xixi. Também é sempre bom incentivar e comemorar quando o filho consegue fazer certo, assim ele terá motivação para a próxima vez.

“É sempre bom lembrar aos pais, assim como a todos que estão em volta, que o amor e o respeito devem ser preservados nesse momento. Deixar de a fralda é uma grande conquista para a criança e representa uma importante transição. Entretanto, só será correto e sem prejuízos psicológicos quando a natureza do indivíduo for reconhecida e ouvida. Dê tempo ao tempo, não apresse as coisas e faça o seu filho se sentir acolhido, mesmo nos momentos em que faz xixi ou cocô na calça. A natureza é muito sábia e o carinho é essencial”, conclui a pediatra Ana Cristina Zollner.